domingo, 2 de janeiro de 2011


A MATERIALIZAÇÃO DA AFETIVIDADE


Torna-se pertinente uma análise crítica, afim de elucidar o grande numero de fenômenos relacionados a assassinatos Bárbaros.
Observa-se que casos como esses acontecem em vários níveis interpessoais, por exemplo: pais e filhos, namorados e irmãos.
Com o mundo pautado sob uma ótica capitalista e consumista as pessoas estão cada vez mais ocupadas em trabalhar, a fim de gerar renda, com a intenção de consumir, algo comum na sociedade atual, onde a identidade social está interligada ao nível de acumulação de bens e a poder de consumo, e não por suas ações ou atitudes.
É nessa sociedade de pessoas ocupadas com trabalho e quase sempre ausentes do convívio familiar,que contribuem para a criação de uma geração acostumada a receber presentes materiais como expressão de afetividade, como diz Zygmunt Bauman em “Vida para Consumo”: esses “presentes” que oficializam a completa solubilidade das relações sociais, assim tornando possíveis casos de assassinatos bárbaros sem remorso ou duvida.
A liquidez dessas relações afeta diretamente o convívio social. Nos dias de hoje, perde-se mais tempo trabalhando do que cuidando dos filhos, ou resolvendo problemas afetivos,fato esse que influenciará diretamente na própria formação moral e ética dessa nova geração, que cada dia mostra-se mais irritada, frustrada e violenta.
É importante ressaltar que esses assassinatos não estão isolados a camadas mais baixas da sociedade, mas mostram-se presentes nas altas camadas.
Esse texto tem como intenção despertar uma fagulha de reflexão crítica sobre essa ótica consumista tão exagerada que a cada dia que passa enfraquece nossas relações sociais e contribui com a materialização da afetividade na sociedade atual.

Esse Texto é uma contribuição de Antônio Maia Acadêmico do Curso de Ciências Sociais - Unama. Membro do Oráculo Paraense. Texto Originalmente publicado em COMUNICADO Nº1578 Universidade da Amazônia - UNAMA, p. 07, 20 Set. 2010.

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